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O guia Pantone e sua relação com a moda

O guia Pantone e sua relação com a moda

Você está no cinema, vendo o sucesso de terror da temporada. A música é de suspense, o personagem principal está com medo em uma casa com cara de mal assombrada. De repente, surge o monstro e ele é… lilás?!

Seria muito difícil se deparar com uma cena dessas em um grande filme, mas o cinema tem vários exemplos bons para entender como as cores afetam as nossas emoções na vida real. É por isso que diretores, estilistas, maquiadores, arquitetos e uma infinidade de profissionais definem as paletas como prioridade na hora de criarem seus projetos.

Muitas vezes esses detalhes estão tão embutidos no nosso cotidiano que dificilmente percebemos a importância das cores para o nosso humor, mas existem diversas teorias e experimentos científicos que estudam a influência direta das tonalidades até mesmo em nossa saúde, como a cromoterapia.

Em termos práticos, as cores são aplicadas em uma infinidade de maneiras e, para o uso industrial, é muito importante seguir um padrão, evitando diferenças de cor no processo de produção. Em 1963 o norte-americano Lawrence Herbert, dono da empresa de tintas Pantone propôs uma solução para esse problema técnico: o Guia Pantone.


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O que ninguém esperava era que uma ferramenta industrial se tornaria uma referência conceitual e artística para diversas gerações. No início, o objetivo era identificar e padronizar as cores através de números.  Assim, bastava um cliente escolher uma cor da cartela que a indústria receberia a fórmula exata para fabricar aquele tom. Mas a chance de ter uma referência completa para criar paletas e inovar nos projetos fez com que o Guia logo caísse no gosto de profissionais de criação muito além das fábricas.

Antigamente, antes da criação da internet, os guias eram todos impressos em cartelas, com as cores e códigos. Como as cores sofriam alterações e o guia recebida mais tons, era importante receber as novas edições anualmente. Hoje, o guia também está disponível digitalmente, porém, com a introdução do sistema digital CMYK (ciano, magenta, amarelo e preto), existem algumas diferenças na utilização da escala.

As cores Pantone são sempre sólidas, enquanto as CMYK são formadas por uma união de tons. Essa diferença fica bem clara quando damos um zoom na imagem: a CMYK fica pixelizada, enquanto a Pantone permanece a mesma. É por isso que a escala é a mais indicada para produtos que precisam de padronização, embora não seja a melhor escolha para impressão de fotos, por exemplo.  

Outra ideia que aumentou ainda mais a fama da empresa foi a escolha da cor do ano. O tom é inspirado na situação cultural do mundo no momento e no que desejamos para o ano que se inicia. O tom acaba se refletindo em várias áreas, mas principalmente na moda, quando se torna referência para as coleções.

De uma forma ou de outra, as cores escolhidas se tornam notórias. Um exemplo é o Tangerine Tango, a icônica cor de 2012, que se tornou um clássico da moda após ser utilizado em coleções de marcas como Tommy Hilfiger. O tom alaranjado é um coringa que se adapta a looks mais informais e também ocasiões mais finas, pois combina bem tanto com cores mais vivas quanto com tons mais discretos ou até estampas, como fez Hilfiger em 2012.

 

O Tangerine Tango é ideal para quem quer ousar no dia a dia, mas sem correr grandes riscos. Uma boa ideia para os amantes dos óculos é investir em armações mais leves ou aplicar a cor nos detalhes, por exemplo, nas hastes. Investir no tom em óculos de grau também é uma boa pedida pois, como as lentes são transparentes, a cor se destacará no rosto. Veja abaixo alguns modelos:

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Outro grande sucesso da pantone foi o Radiant Orchid, de 2013, que emprestou sua elegância para passarelas e tapetes vermelhos do mundo todo. A cor chegou literalmente a fazer a cabeça das famosas – basta lembrar do cabelo lilás de Kelly Osbourne – e continua em alta até hoje.

Para os menos radicais, os óculos também são uma ótima maneira de incorporar o Radiant Orchid. A melhor parte é que, como a cor é muito delicada, cai bem com óculos de sol, de grau, em combinação com outros tons e até em dose dupla, como essa aqui, da Secret:

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Já ano passado, a Pantone inovou e escolheu uma dupla de cores pela primeira vez em sua história. O azul Serenity e o rosa Rose Quartz são cores que invocam elegância e suavidade, seja em conjunto ou separadamente. Um bom exemplo para entender como o Serenity e o Quartz funcionam na decoração são os cenários do filme “O Grande Hotel Budapeste”, de Wes Anderson.

Outro jeito de aproveitar os benefícios dessa dupla é a mescla dos tons, truque bastante usado na maquiagem. Se tratando de eyewear, quem gosta de looks ousados e divertidos não vai errar com as lentes solares espelhadas furta-cor, um hit que ganhou espaço em diversas coleções, incluindo marcas brasileiras, como a Secret.

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Por tudo isso, fica fácil entender por que o guia é unanimidade até hoje, não é mesmo? O Guia Pantone conseguiu, através do tempo, unir tradição e inovação e se tornou uma peça-chave para descobrir mais sobre o cenário cultural moderno. Vale a pena conhecer  e se inspirar!

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