Em meados dos anos 1950, o americano Morton Heilig imaginou como seria um cinema que pudesse explorar por completo o sistema sensorial dos espectadores. Heilig procurava uma forma de, literalmente, imergir a pessoa dentro da tela. Assim, em 1957, ele começou o projeto Sensorama, uma máquina que, mais tarde, ficaria conhecida como a primeira forma de realidade virtual construída pelo homem. O Sensorama levava seu ocupante para um passeio de moto pelas ruas do Brooklyn, um bairro de Nova York. Basicamente, o equipamento era uma caixa de ferro que oferecia um grande ângulo de visão, vibrações no assento, vento na cara do “passageiro”, som estéreo, e até mesmo cheiros liberados no decorrer da viagem. No entanto, Heilig nunca conseguiu financiamento para produção em larga escala, e o Sensorama foi abandonado.
Hoje, para vivenciar a imersão virtual não é preciso entrar em uma grande máquina. Diversos óculos especiais são oferecidos no mercado, e é possível, inclusive, fazer seu próprio aparelho. O Oculus Rift, um dos mais vendidos, possui um visor de LED posicionado à frente de duas lentes estereoscópicas com visibilidade de 90 graus na horizontal, e 110 graus na vertical. Esse tipo de lente permite observar o espaço tridimensional, fenômeno natural para o olho humano. Além disso, três giroscópios, uma roda que gira em seu próprio eixo, localizam a posição do usuário, permitindo que ele olhe para qualquer direção. Por último, os fones de ouvido integrados finalizam a experiência virtual. Há quem diga que o uso do aparelho possa causar enjoo ou dor de cabeça. De fato, os fabricantes afirmam que é necessário um bom senso de equilíbrio para usar os óculos. O preço dos modelos variam de R$ 600,00 até mais de R$ 5.000,00.
Para quem não pode gastar tudo isso, o Google criou uma ferramenta mais acessível, que demanda apenas um pequeno processo de montagem. O Google Cardboard é um óculos de realidade virtual caseiro. O dispositivo é feito de papelão e um par de lentes biconvexas com distância focal de 4,5 cm. Para juntar as peças, é preciso usar um imã de neodímio e um imã de ferrite. Tudo pode ser encontrado na internet, e os gastos somados não passam dos oitenta reais. Depois, é só acoplar um celular de até 6 polegadas e aproveitar o mundo virtual. É possível ver o passo a passo no site oficial do projeto.
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