Discussões sobre o espaço de mulheres na indústria cinematográfica têm sido constantes nos últimos meses. Graças a última temporada de premiações, a discrepância entre o número de diretores para o de diretoras ficou nítida, apenas movimentando uma questão que já era mantida nos pensamentos: onde estão as diretoras de cinema?
Para nacionalizar o debate, a doutora pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Ana Heloiza Vita Possotto, desenvolveu um projeto que pretende documentar produções de diretoras brasileiras e, consecutivamente, disponibilizá-las em um guia de trabalhos cinematográficos femininos.
Financiado pelo Ministério da Cultura, o programa será construído por um aplicativo, o “a cineastA”, que agregará informações como nome, ano, sinopse, detalhes da produção e até prêmios e fomentos recebidos. Todos os dados ajudarão a rede a se transformar em uma plataforma de pesquisa para especialistas da área, incluindo também indicadores de região, cor de pele e quantas mulheres participaram do projeto.
Para captar o máximo de informações, o “a cineastA” contará com duas fontes de dados. O público geral, que pôde registrar obras audiovisuais dirigidas por mulheres cis e trans até o dia 01 de maio de 2018. E a equipe do projeto, que irá catalogar filmes clássicos e históricos que se encaixem nas características propostas.
O app entrará no ar a partir de junho e será disponibilizado de forma gratuita. Saiba mais no site da iniciativa.