Nomes como Machado de Assis, Graciliano Ramos, Mário de Andrade e Jorge Amado marcaram a história da literatura no Brasil. Seus livros que passeiam por gêneros, não só trouxeram o protagonismo ao povo brasileiro como também adquiriram um papel fundamental na formação de ideias, pensamentos e comportamentos. Mas, quem tem assumido o legado destes escritores no presente?
Conheça 5 escritores que se apresentam como novas faces para a literatura brasileira.
Daniel Galera
Ele foi um dos precursores do uso da internet para a literatura. Em blogs e fanzines eletrônicos Daniel escrevia e traduzia os seus primeiros trabalhos, marcando os primeiros passos de uma carreira que se estende até hoje.
Em 2004, foi um dos convidados para a segunda edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). Com isso, conquistou espaço e reconhecimento necessário para desenvolver os seus primeiros trabalhos.
Até o momento, Galera já traduziu treze livros e publicou quatro. Entre eles, “Cordilheira”, parte do projeto Amores Expressos e vencedor do Prêmio Machado de Assis de Romance 2008, e “Barba Ensopada de Sangue”, que recebeu o terceiro lugar no Prêmio Jabuti e foi vencedor na categoria de Melhor Livro do Ano no Prêmio São Paulo de Literatura 2013.
Além dos romances, ele também é autor do álbum em quadrinhos “Cachalote”, que desenvolveu com o desenhista Rafael Coutinho. Vale lembrar que seus trabalhos já foram adaptados para o cinema, o teatro e para histórias em quadrinhos.
Antonio Xerxenesky
A relação de Antonio com a literatura começou quando decidiu abandonar a faculdade de Física para se formar em Letras na UFRGS. Nesse momento, deu início ao seu mestrado em Literatura Comparada, onde defendeu sua dissertação sobre os trabalhos de Roberto Bolaño e Enrique Vila-Matas.
Seu primeiro livro foi lançado em 2006, com o apoio do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre (Fumproarte). Mas o grande destaque só veio em 2008, com o romance “Areia nos Dentes”, que misturou os temas western e zumbis.
No ano de 2012, ele foi nomeado um dos 20 melhores jovens escritores brasileiros pela revista britânica Granta. Entre os seus feitos também está a fundação da Não Editora, uma editora dedicada a jovens autores gaúchos e responsável pela revista eletrônica de crítica literária Cadernos de Não-Ficção.
Vanessa Barbara
Seu currículo já revela muita coisa. Jornalista, tradutora, escritora e colunista no The New York Times e na Folha de S. Paulo, Vanessa Barbara já ganhou o Prêmio Jabuti na categoria reportagem com “O Livro Amarelo do Terminal” e o Prêmio Paraná de Literatura com o romance “Operação Impensável’.
Outros trabalhos seus de destaque foram “O verão do Chibo’, o infantil “Endrigo, o escavador de umbigo”, o romance ‘Noites de alface” e, pela Companhia das Letras, a graphic novel “A máquina de Goldberg”.
Luisa Geisler
Com apenas 19 anos, Luisa ganhou o Prêmio Sesc de Literatura de 2010 na categoria conto com o seu primeiro trabalho, o “Conto de Mentira”. Esse mesmo livro a levou como finalista ao Prêmio Jabuti. Como se não bastasse, ela repetiu a dose no ano seguinte com “Quiça”. Em 2012 também foi incluída na lista de melhores jovens escritores brasileiros da revista Granta, sendo a mais jovem entre os nomes listados.
Raphael Montes
Sua estreia aconteceu em 2012, após se formar em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O responsável pelo feito foi o romance “Suicidas”, que lhe deixou como finalista nos prêmios Benvirá e Machado de Assis.
Seu segundo romance foi “Dias Perfeitos”, que, para sua surpresa, foi publicado em mais de 14 países. Entre eles Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Holanda. Assim como “Suicidas”, esse livro teve os seus direitos vendidos para uma adaptação pro cinema.
Outras conquistas para o jovem foram a colaboração em trabalhos audiovisuais e a atuação como colunista do jornal O Globo.