Os primeiros óculos são citados em registros históricos de 500 a.C., em textos do filósofo chinês Confúcio. No entanto, esses modelos não tinham grau, e eram usados apenas como acessórios. Apenas em 1 d.C. foram criadas as primeiras lentes corretivas, que usavam cristais preciosos, como o berilo, e deram origem ao óculos de grau para perto.
O desenvolvimento dessa tecnologia, até então desconhecida, foi demorado. Em 1270, na Alemanha, foram criadas as primeiras lentes conectadas por um rebite. Até que, no século 15, duas invenções foram de extrema importância para a criação dos óculos modernos. Eram eles os modelos Pince-Nez e Lornhons. O primeiro, que em francês significa “pinça de nariz”, foi usado por mais de cinco séculos. Ele não tinha hastes e ficava preso ao nariz por uma mola. Além disso, para evitar que o óculos caísse no chão, a peça era presa nas vestimentas por uma pequena corrente. O jornalista, poeta, e fundador da Academia Brasileira de Letras, Olavo Bilac, era conhecido também por nunca abandonar seus óculos pince-nez. Já o Lornhons não ficavam fixados no rosto, e tinham uma haste lateral para serem segurados na frente dos olhos.
Somente no século 17 surgiram os Numont, os primeiros com hastes fixas apoiadas na orelha. As armações finas e leves eram muito mais confortáveis, e logo fizeram sucesso. Os óculos que usamos hoje são versões modernas dessa peça. Felizmente, hoje podemos escolher diversos tipos de materiais, cores e tamanhos que atendam ao nosso gosto.
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